terça-feira, março 09, 2010

Singela homenagem (atrasada) às mulheres...



Pois é ontem foi o dia internacional da mulher, que dia tão bonito e especial que é esse.
Digo especial, pois as homenageadas deste dia são seres extremamente especiais e essenciais as nossas vidas, e a existência do nosso planeta.
Já imaginaram o mundo sem a beleza das mulheres? Sem suas delicadezas e sutilezas, bem como suas meiguices, simplicidades, sorrisos e perfumes? Sem contar a bravura destas, bem como inteligência, maturidade e extrema elegância para encarar todos os preconceitos e demais adversidades que aparecem em suas vidas.
Olha, eu não conseguiria viver sem uma mulher por perto, com certeza não. Na minha vida são muitas, e todas elas essenciais, vitais para “yo”.
Gostaria, além de parabenizá-las por este merecido dia, também de agradecê-las por existirem e brindarem nosso dia-a-dia, com todas as suas peculiaridades e beleza, que fazem de nós homens, eternos admiradores e eternos dependentes de suas presenças.


Muito obrigado e PARABÉNS PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER!

E tenho dito...

segunda-feira, março 08, 2010

O que a falta de dinheiro faz com um ser humano nesse mundo capitalista de hoje em dia...



Dia 18 de janeiro deste ano tinha tudo para ser um dia especial, afinal de contas depois de uns três anos sem ter férias remuneradas propriamente ditas, eu estaria neste dia entrando de férias, estaria não, pois efetivamente neste dia entrei em férias, feliz da vida, mas mal sabia eu a surpresinha que eu teria na semana seguinte...
Saí do trabalho no fim do dia com aquele sorriso de orelha a orelha, matutando o que fazer nas férias, e aí me vi cair em uma viagem que não parecia ter fim. Ler alguns livros para não enferrujar, ir ao cinema, pelo menos duas vezes por mês, estudar um pouco de Direito Penal, ler sobre religiões, sair para conhecer lugares diferentes, ir a praia, curtir uma semana em Osório com os amigos, dormir até mais tarde todos os dias. E o carnaval? Ahh o carnaval certamente com a gurizada em Garopaba/SC, nossa quantas coisas legais para se fazer nessas férias, quanta empolgação, mal posso esperar, parece sonho, enfim minhas férias com cara de férias!!! Quanta alegria. E assim a semana se foi entre um devaneio e outro sobre o que fazer nas férias.

Eis que chegou o dia 25 de janeiro, ou seja, uma semana exata após o início das minhas férias, estava eu dormindo lá pelas onze da manhã e o telefone toca, eu atendo meio que dormindo e a voz de um querido colega de trabalho amigavelmente diz:

- Alô? E aí Rodrigão como que estão estas férias aí? Só na moleza então é? Coisa boa.

E eu respondo:
- Tudo ótimo cara, é maravilhoso estar de férias, mas me conte aí o que faz tu me ligar nesta segunda, a troco de nada não foi né?

E aí ele fez aquilo que qualquer um em meu lugar temeria, mudou o tom de voz amigável,, para um tom mais sério e sóbrio, e lascou:
- Cara é o seguinte tu estás pela cidade ainda? Não está viajando?.

E eu:
- Não, por quê? Estou por aqui ainda, não viajei, o que foi aconteceu algo?

Aí ele continua:
- Não, não é nada demais, só queria saber se tu poderia vir até aqui hoje a tarde pois precisamos conversar?

- Claro que sim cara, posso ir numa boa, sem problemas – detalhe o coração velho já disparou neste momento, não que eu houvesse feito algo de errado, ou estivesse com o “rabo preso”, mas se ele me ligou nesta situação em plenas férias deste humilde rapaz, e pelo tom solene que este empregou em sua voz, é por que algo tinha acontecido.

Aí ele terminou dizendo:
- Então ta, a tarde te aguardo aqui, nos falamos, grande abraço.

E assim eu desliguei o telefone cheio de dúvidas e questionamentos, tudo veio a minha mente, mas eu fiquei tranqüilo, pois sempre fiz tudo na boa-fé e sempre dei o meu melhor, não haveria o que temer, pensei.

A tarde chegou fui até lá, e para minha surpresa, nada tinha acontecido, nada com relação ao que tinha pensando desde a hora em que ele me telefonou. Foi “apenas” um problema com meu contrato de estágio, e o tal “probleminha” era que ele tinha se encerrado em dezembro, ou seja, além de naquele momento eu não estar mais de férias remuneradas, eu passei a estar em “férias permanentes”, o que na hora me pareceu ser tranqüilo.

Posteriormente retornei a minha casa, e aí a famosa ficha caiu, e todos aqueles planos mirabolantes e interessantíssimos ficaram para trás, férias, descanso, praia, amigos, festas, livros, cinema, Carnaval em Garopaba, TUDO absolutamente tudo me foi surrupiado pelo destino e pelo descaso daqueles que redigiram meu contrato, e que eu de nas maiores das boas intenções, acabei assinando, sem ter o que reclamar.

Desde então tudo mudou, passei a ficar dentro de casa todos os dias até encontrar um novo estágio, que graças a Deus, apareceu semanas depois.

Quantas coisas estranhas aconteceram comigo nesses dias que se passaram, é como se tudo o que tu ache interessante de fazer, dependesse de dinheiro. Se tu quiseres visitar alguém, tu precisas de dinheiro para ir até ela, se tu quiseres tomar uma cerveja com os amigos, tu precisas de dinheiro, eu acho que até pra ficar parado pensando eu preciso de dinheiro. Que horror!!
E aí eu percebi que o capitalismo que me cerca e que eu tanto dizia amar, quando eu tinha dinheiro para me manter nele, é um puta sistema injusto, e que se eu, que estudo, trabalho, tenho mínimas condições psicológicas e sociais, quase surtei e pensei um zilhão de coisas horríveis, imagina quem não tem nada, e passa a vida toda enxergando outdoors com pessoas bonitas, bem vestidas, com carros lindos, celulares ultra-modernos, tênis com tecnologias diversas, sem poder nem chegar perto disso. Cruel, essa é a palavra, deve ser torturante!

Agora tudo aparenta retornar ao seu rumo para mim, o estágio novo chegou, e o dinheiro também parece retornar. Resta saldar as dívidas financeiras que esse período me trouxe e comemorar o dividendos de maturidade que esse mesmo período me proporcionou!